'Dess - Uma História Interessante'

'Dess - Uma História Interessante'
AMO ESCREVER

CAPÍTULO 1 - NO INÍCIO, ERA ASSIM.




'E a Sua Mão me alcançou no fundo do poço.'




Meus pais costumavam dizer que eu lhes custava caro, quando, na verdade, eu estudava em escolas públicas desde pequena e, agora, cursando uma faculdade federal em outro estado, quase não os via. Sempre tentei ser uma boa filha, mas, boas filhas raramente são vistas. As más é que ocupam o tempo dos pais que, consequentemente, lhes dão maior atenção.
Cansada de não ter amigos ou namorados que me dessem valor, voltava-me aos estudos que tomavam grande parte do meu tempo
Cansada de não ter amigos ou namorados que me dessem valor, voltava-me aos estudos que tomavam grande parte do meu tempo. Dividindo um quarto com uma colega que cursava 'Letras' enquanto eu cursava 'Educação Física', sempre a via sair à noite com uma galera animada sem que ela me convidasse. Creio que, mesmo que me convidasse, eu não iria a lugar algum. Sentia-me feia, desajeitada, embora recebesse olhares lascivos dos meninos do campus. "Gostosa!", costumavam dizer quando esbarravam, propositadamente, em mim nos corredores da faculdade. O que eles viam em mim que eu não conseguia ver? Gostosa? Eu?
O que eles viam em mim que eu não conseguia ver? Gostosa? Eu?


Na verdade, crescera sem me tocar. Minha mãe me criara assim. 
"Meninas boas não colocam a mão naquele lugar. É feio e Deus não gosta".
 Aceitara isso como verdade e nunca me masturbara até aceitar o convite de uma colega de minha colega de quarto que insistira para que eu a acompanhasse a uma festa diferente, com gente diferente.
A garota, de fato, era bem diferente. Usava roupas pretas, piercings no nariz, na língua e um bem acima da sobrancelha. Achava fofo o piercing da língua conquanto me perguntasse se não a incomodaria na hora de escovar os dentes.
Eu e meus questionamentos idiotas...

- Então...sou lésbica. Algum problema?
"Nenhum", respondera meio que sem jeito, imaginando o efeito do 'piercing' durante um beijo. 
Nunca havia transado com homens, tampouco com meninas. Era inexperiente até ser levada a tal festa em uma clareira onde ardia uma fogueira imensa e, ao seu redor, mulheres dançavam nuas e totalmente bêbadas. Meu primeiro pensamento foi:
"Putz! Vão cair e se queimar feio!" 
 Meu segundo pensamento foi o de que eu poderia cair a qualquer momento se tomasse mais outra taça de vinho. Sem saber como, eu já havia bebido uma garrafa inteira. Gargalhava junto a elas, sentindo-me tão livre que permitira que a Beverly - nome da colega da minha colega de quarto - retirasse meu vestido, apreciando meu corpo coberto apenas por uma calcinha preta de algodão e um sutiã quadriculado. Errei feio!!! Eu não estava preparada pra ser vista de lingerie por ninguém!!!

- Tá uma gata! Não se liga nisso não...- Sussurrara Bev ao meu ouvido enquanto brigava com o fecho do meu sutiã. Ficamos tão próximas que sentira seu hálito de menta. Apesar de nunca ter pensado em meninas, curtira o modo como ela me puxou para longe da fogueira e me fizera deitar sobre uma toalha jogada na grama. Estava super bêbada, sem saber em que lugar estaria ou quais eram as constelações que via lá no céu quando Bev se deitara ao meu lado e sua boca procurou pela minha. Seguira meus impulsos e me deixei beijar por ela. Finalmente, soubera o efeito que o piercing de sua língua provocava em minha língua, em meus seios sugados por ela como um bebê faminto. Gemia de prazer, contorcendo-me a cada mordidinha em meus mamilos. Então, ela voltava aos meus lábios, beijando-me loucamente.
Beijos molhados, babados e demorados.



Ela estava prestes a retirar minha calcinha quando, num repente, um vento forte e morno chegara até a fogueira, apagando-a, por completo.
- Ele chegou! - Gritara uma das mulheres. Em êxtase, ela me puxa para si enquanto visto minha calcinha. - Deixe que ele te toque. Deixe que ele te possua. - Incentiva-me ela absolutamente fora de si. O forte odor de enxofre se espalha pela clareira quando tento fugir. Bev, certamente assustada, fugira antes de mim. - Fica! - Ordena a mulher mais velha. - Não vai se arrepender.

É sério???

Se eu soubesse o quanto aquele momento me custaria...
Se eu soubesse o quanto aquele momento me custaria


- Não quero ficar. - Rosno. - Me solta.
Ela se ajoelha diante da densa fumaça que, aos poucos, se transforma em algo palpável. Algo que tem mãos imensas e fortes que me seguram pelo braço. Luto contra ele, mas é inútil. Sua força é monstruosa assim como seu corpo que me sustenta em seus braços. Seu rosto não me visível, mas suas intenções são claras. Agarro-me ao crucifixo de ouro que minha mãe me dera antes de morrer e repito por três vezes a frase de São Bento.
'A Cruz Sagrada seja a minha Luz. Não seja o Dragão o meu guia'.
Subitamente, ele me joga contra a relva úmida enquanto engatinho até conseguir me reerguer e correr de volta ao Campus.
Com o coração batendo na garganta ainda consigo ouvir sua voz gutural em meus ouvidos.
'Vou te tocar, Adessa. Vc é minha'.
Como ele sabe meu nome??? De onde essa coisa me conhece???
Como ele sabe meu nome???

Abstraí aquela experiência macabra e seguira adiante sem ter planos algum para me sustentar. Adoraria exercer a minha profissão após a minha formatura. Adoraria mostrar aos meus pais que eu não seria a puta que eles acreditavam que eu seria, mas...não rolou. 

Não é engraçado? A vida prega peças na gente. Estudara muito e, no entanto, acabara por me sustentar financeiramente após conhecer um 'personal trainer', em uma academia em que eu treinava. Meu corpo havia mudado bastante. Começara a gostar dele quando me vira no espelho, após um banho rápido. Meus seios haviam crescido. Meu bumbum, empinado. Meus cabelos longos e negros me emprestavam um ar de mistério. Meus lábios carnudos eram cobiçados por muitos. Beijados por poucos. Um deles era o tal 'personal' que me apresentara a um amigo, dono de uma boate na zona sul onde os homens com grana frequentavam.

Eu somente aceitei o convite por curiosidade. Jamais pensara em ser uma das dançarinas exóticas, belíssimas que arrasavam no palco...absolutamente nuas.
Encontraria amigos em uma casa noturna chamada "Hotel California" dali a alguns anos. Encontraria amigos e sofrimento nos braços de um homem mais do que especial.
Estávamos meu amigo, o dono da boate e eu, sentados em uma poltrona em semicírculo, num cantinho escondido e sombrio, tomando uns drinks, conversando sobre assuntos aleatórios

Estávamos, meu amigo, o dono da boate e eu, sentados em uma poltrona em semicírculo, num cantinho escondido e sombrio, tomando uns drinks, conversando sobre assuntos aleatórios. Meu amigo pedira licença e fora ao banheiro. Até hoje não sei se fora algo combinado ou coincidência, porque o dono da boate se aproximara muito de mim a ponto de encostar sua coxa na minha. Meu vestido era curto e eu não gostava de usar sutiã. Como já havia dançado, estava suada e quando transpiro, os biquinhos dos meus seios ficam túrgidos. Isso fora o suficiente para que ele tentasse tocá-los.
Isso fora o suficiente para que ele tentasse tocá-los


"Não!", avisara a ele que desistira enquanto engolia o resto do uísque em seu copo.
"Quanto?", perguntara-me ele, puxando-me pelo braço, impedindo-me de me levantar e dançar novamente. Pedira que repetisse porque não havia entendido a pergunta. Minto. Eu sabia do que ele estava prestes a falar e, como eu estava precisando de grana para pagar o aluguel e comprar uma 'tv smart' de cinquenta polegadas para o meu quarto, voltara a me sentar e a ouvir sua proposta. "Três mil por duas noites inteiras". 
 Uau! Fiquei perplexa! Pela grana que o cara tinha e por ele achar que eu valia tanto! Nem eu pensei que valeria tanto! 'Posso pensar um pouco?", fora a única resposta que surgira em minha mente naquele momento. Dancei de costas para ele, exibindo-me toda. Movia-me com sensualidade, empinando minha bunda, deixando-o ver que eu estava sem calcinha. Enfurnava as mãos em meus cabelos e rebolava até o chão, voltando-me para ele, esfregando minhas mãos em meus seios. Lambendo meu polegar, já me imaginando em minha cama, assistindo às temporadas de meus seriados prediletos em minha mega TV.



Enlouquecido, ele me puxa para si e me faz sentar em seu colo. Sinto seu pau duro por baixo da calça social. Não quero beijá-lo. Não mesmo. Quero a grana. Preciso dela, então, rebolo em seu colo.

- Não não não! - Protesto diante de seu pau exposto para fora da calça. - Se eu me entregar agora, não vou ter a grana. - Sussurro, mordiscando sua orelha. Esfregando-me em seu colo, eu o deixo louco a ponto de me puxar pelas mãos e me levar dali para um motel luxuoso onde eu dera início à minha vida de puta.
Por dois dias e duas noites, eu fui sua escrava sexual e, ao final, enojada, confiro o depósito em minha conta bancária.
"Valeu a pena", penso diante de minha TV, vestindo meu pijama novo de flanela.
"Valeu a pena", penso diante de minha TV, vestindo meu pijama novo de flanela


Após aquela noite, não parei mais. Era convidada para festas particulares, orgias e casas de Swingers. Topava tudo porque estava viciada no dinheiro que caía em minha conta de uma forma fácil. Bem...não tão fácil assim. Há coisas que fiz e que não pretendo repetir. No entanto, as coisas mais estranhas são as mais bem pagas. Falando em fetiches, em uma das muitas festas que frequentava durante a semana, fui amarrada por um grupo de seis homens que me dominaram por umas quatro horas. Nunca fora tão usada como naquela noite. Devo confessar que gostei de ser penetrada com violência.
Sempre que me lembro, tenho vontade de me masturbar

Sempre que me lembro, tenho vontade de me masturbar.
A doença que me acompanharia por um tempo já mostrava sua face sem que eu a percebesse...
Voltara a casa e, após um longo banho, notara, em meu corpo, hematomas dos maus tratos que havia sofrido. Ainda tonta de tanta tequila, deitei em minha cama. Quase adormecendo, sentira sua língua quente lambendo-me, profundamente.

Assustada, arremesso o lençol à distância e nada vejo além do meu colchão. Nada ao redor além da língua que me faz gemer de tesão. Deito-me e permito que aquilo continue a me fazer gozar.
Deito-me e permito que aquilo continue a me fazer gozar



Repentinamente, seu corpo pesa sobre o meu. Reconheço o odor de enxofre misturado a sândalo enquanto ele mordisca meus mamilos.
 
- Quem é vc? Quero te ver.
- Sou quem vc quiser que eu seja. Basta me pedir e eu serei seu.

Gemendo de prazer, contorcendo-me na cama, eu insisto.

- Quem é vc??? - Perco-me em meus pensamentos enquanto ele me penetra com força por um longo tempo. - Vá...embora. - Peço num gemido. - Não farei pactos com ninguém.
- Eu sou seu. Posso te dar o mundo. Basta pedir.
Gozando, tento tocar em seu rosto. Ele recua até o batente da porta. Seu corpo esfumaçado vai se esvaindo até sumir. 
- Basta pedir e eu te darei tudo.
- Seu nome...
- Ga'al - Diz ele em minha mente.
- Eu te conheço?
- Sim. Mas não se lembra.
 Ainda excitada, eu ligo meu celular e me inscrevo em um site de pornografia. Gravo meus seios enquanto me masturbo pensando no ser demoníaco e no quanto eu posso ganhar se me entregar a ele.
Leio os comentários dos internautas e me excito ainda mais.
 
Creio que nasci para ser puta...

Dos vídeos à pornografia fora um pulo.

Exausta, durmo. Do 'Outro Lado', eu o encontro, faminto...
Do Outro Lado, eu o encontro, faminto



Continua...



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